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Notícias

Energia

Diretoria da ABGD, ABSAE e COGEN avança em discussões sobre a integração de BESS à Geração Distribuída no Sistema Elétrico Brasileiro

Na última segunda-feira, 18/02/2025, a Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), em conjunto com a Associação Brasileira de Soluções de Armazenamento de Energia (ABSAE) e a Associação da Indústria de Cogeração de Energia (COGEN), realizou sua primeira reunião com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). O encontro contou com a presença do Diretor Ricardo Tili e do Dr. Carlos Alberto Calixto Mattar, Superintendente de Regulação dos Serviços de Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica.

A reunião foi resultado da Manifestação Conjunta encaminhada pelas associações, que propõe a integração de Sistemas de Armazenamento de Energia em Baterias (BESS) à Geração Distribuída (GD), visando aprimorar a flexibilidade e a eficiência do Sistema Elétrico Brasileiro.

Este encontro marca um importante passo na construção de um marco regulatório mais robusto e alinhado com as necessidades do setor, promovendo a transição energética e a sustentabilidade do sistema elétrico nacional.

Agradecemos à ANEEL pela oportunidade de diálogo e reafirmamos nosso compromisso em colaborar para o desenvolvimento de um ambiente regulatório que incentive a inovação e a integração de tecnologias essenciais para o futuro da energia no Brasil.

Fonte: ABGD

Energia

ANEEL mantém multa de R$ 4,9 milhões à Equatorial Alagoas

Concessionária foi penalizada por duração excessiva de interrupções


Em reunião da diretoria colegiada nesta terça-feira (15/4), a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) manteve multa de R$ 4.9 milhões à distribuidora Equatorial Alagoas, ao negar recurso à penalidade aplicada por duração excessiva de interrupções. A multa é decorrente de operação de fiscalização da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Alagoas (ARSAL), conveniada da ANEEL no estado.

Em ação promovida no ano de 2022, os fiscais da ARSAL observaram que o tempo de restabelecimento de energia elétrica de 18.103 interrupções foi demasiadamente excessivo, com duração superior a 24 horas, com prejuízos a aproximadamente 41 mil unidades consumidoras.

Ao comparar os anos de 2020 e 2022, a ARSAL constatou que houve piora na prestação dos serviços para os consumidores, subindo de 21.143 em 2020 para 41.274 em 2022. A penalidade inicial da agência estadual foi de R$ 4,2 milhões, em março de 2024. Na análise do recurso da empresa, a fiscalização da ANEEL aumentou a multa para R$ 4,9 milhões.

Fonte: ANEEL

Agronegócio

Exportações do agronegócio crescem 12,5% em março e chegam a US$ 15,6 bilhões

No mês, o setor respondeu por 53,6% de todas as vendas externas do país. Avanço no acumulado do primeiro trimestre de 2025 é de 2,1%

Oagronegócio brasileiro registrou, em março deste ano, o segundo maior valor de exportações para o mês desde o início da série histórica: US$ 15,6 bilhões. Isso representa um aumento de 12,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. No mês, o setor respondeu por 53,6% de todas as exportações do país. O avanço foi impulsionado principalmente pelo aumento dos volumes exportados, que cresceram 10,2%, enquanto os preços internacionais apresentaram alta de 2,1%.

Os principais produtos exportados no mês foram a soja em grãos (alta de 7% e US$ 5,7 bilhões); café verde (92,7% de expansão e US$ 1,4 bilhão); carne bovina in natura (40,1% e US$ 1,1 bilhão), celulose (25,4% e US$ 988 milhões) e carne de frango in natura (9,6% e US$ 772,3 milhões).

“Esses números confirmam que estamos promovendo o crescimento do agro com responsabilidade, sustentabilidade e com os olhos voltados para novos mercados e oportunidades para produtos com maior valor agregado”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Além dos produtos tradicionais, o governo brasileiro vem impulsionando oportunidades em segmentos com forte potencial de crescimento. Por meio de novos avanços, itens como gelatinas, café solúvel, óleo essencial de laranja, pimenta-do-reino e rações para animais domésticos atingiram recordes de exportação e podem ganhar maior protagonismo nos próximos meses, especialmente em mercados da Ásia, Europa e América do Norte.

Esses números confirmam que estamos promovendo o crescimento do agro com responsabilidade, sustentabilidade e com os olhos voltados para novos mercados e oportunidades para produtos com maior valor agregado
Carlos Fávaro,
Ministro da Agricultura e Pecuária

TRIMESTRE — No acumulado do primeiro trimestre de 2025, as exportações do agronegócio brasileiro totalizaram US$ 37,8 bilhões, aumento de 2,1% quando comparado ao ano anterior, o maior valor já registrado para o período. O superávit do setor no trimestre foi de US$ 32,6 bilhões, um crescimento de 2,1% em relação ao mesmo período de 2024.

DESTINOS — China, União Europeia e Estados Unidos seguiram como os principais destinos, respondendo juntos por mais da metade das exportações do setor. Países asiáticos como Vietnã, Turquia, Bangladesh e Indonésia também registraram aumento expressivo nas compras de produtos como soja, algodão, celulose e carnes.

“A ampliação da presença em mercados de nicho, por meio de produtos de maior valor agregado, reflete uma estratégia comercial que valoriza a escuta ativa das demandas dos setores produtivos. Ao oferecer alimentos com sanidade, qualidade e competitividade, o Brasil se consolida como parceiro confiável”, afirmou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária, Luís Rua.

COMPETITIVIDADE — A expansão das exportações de produtos não tradicionais e a abertura de novos mercados, mantendo ou ampliando a oferta interna, fortalecem a economia brasileira. Esse processo estimula a geração de empregos e renda, atrai divisas, diversifica os parceiros comerciais e reduz a exposição a riscos econômicos.

Também valoriza os produtos nacionais, incentiva investimentos em inovação e sustentabilidade e consolida relações estratégicas no cenário internacional. Assim, o Brasil amplia sua presença global e reforça sua competitividade. Os avanços refletem o trabalho conjunto entre os setores público e privado, com foco na abertura de mercados, segurança sanitária e promoção comercial

Fonte: Secretaria de Comunicação Social

Energia

Expansão da micro e minigeração distribuída ultrapassou 2 GW no primeiro trimestre de 2025

Somente em março, 55,7 mil novos sistemas foram instalados, com acréscimo de 584,36 MW
Os consumidores que aderiram ao uso de sistemas de micro e minigeração distribuída (MMGD) até março de 2025 foram responsáveis pela instalação de uma potência de 2,13 gigawatts (GW), que passou a gerar créditos para aproximadamente 300 mil imóveis – entre casas, comércios, fazendas e outros. Os dados constam do painel interativo da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), mantido a partir de informações enviadas pelas distribuidoras de energia*. Por meio da MMGD, o consumidor gera energia elétrica, a partir de fontes renováveis ou cogeração qualificada, e injeta na rede de distribuição a energia não utilizada, recebendo créditos para usar nos momentos em que não está gerando, por meio do Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE). 

Aproximadamente 56 mil usinas foram instaladas apenas em março, reunindo uma potência de 584,36 megawatts (MW). Começaram a funcionar no mês 55.707 usinas solares fotovoltaicas, uma eólica e uma termelétrica a biogás de resíduos sólidos urbanos. 

São Paulo foi o estado que se destacou no trimestre, tanto em número de sistemas instalados quanto em potência: 31.616 usinas começaram a operar, totalizando 273,88 MW. Goiás foi o segundo estado em expansão de potência em MMGD em janeiro e fevereiro, com 223,29 MW, seguido de Minas Gerais, com 205,52 MW. Em quantidade de instalações, Minas ficou em segundo lugar, com 16.793 novas usinas, seguida pelo Mato Grosso, com 14.864 instalações.

Potência de MMGD no Brasil é de 38,4 GW 

Segundo a ANEEL (dados de 14/04/2025, 11h50), o Brasil contava, até 31 de março, com 3,40 milhões de sistemas conectados à rede de distribuição de energia elétrica, reunindo potência instalada próxima de 38,44 GW. 

Os consumidores residenciais respondem por aproximadamente 80% das usinas em operação (2,7 milhões), o comércio representa 10% das usinas (340,83 mil), e a classe rural responde por 8,61% das usinas em operação (292,71 mil).

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Infográfico Micro e Minigeração Distribuída – 14/04/2025 – 11h50

Por que a ANEEL não soma as potências de geração centralizada e de MMGD? 

Porque a energia elétrica produzida é utilizada de modo diferente. No caso da geração centralizada, aquela das grandes usinas em operação comercial, a energia elétrica gerada é comercializada no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), tanto no ambiente de comercialização regulada (ACR), com preços regulados, como no ambiente de comercialização livre (ACL), considerando inclusive grandes Autoprodutores de Energia Elétrica (APE). 

Por outro lado, a energia elétrica produzida pelos sistemas de MMGD é utilizada prioritariamente pelos consumidores proprietários desses sistemas e por outras unidades consumidoras relacionadas a eles, que recebem os créditos pelo excedente dessa geração, na forma de abatimento na fatura de energia elétrica (conta de luz). 

*As informações para esta nota foram coletadas do painel interativo no dia 14/04/2025 às 11h50. Os números de MMGD são atualizados no painel em tempo real e uma nova consulta possivelmente apresentará variações.

Fonte: ANEEL

Agronegócio

Guerra comercial amplia papel global do Brasil e destaca a urgência de um agro ainda mais financiado e estruturado

A nova escalada da guerra comercial entre Estados Unidos e China abre uma janela estratégica para o agronegócio brasileiro. A avaliação foi publicada pelo jornal britânico Financial Times, que destaca como o Brasil já vinha se consolidando como principal fornecedor de alimentos para a China e deve ampliar ainda mais essa posição. Os dados do primeiro trimestre de 2025 confirmam: as exportações de carne bovina brasileira para a China cresceram um terço em relação ao mesmo período do ano passado, com soja e frango também em alta. Além disso, a Europa impôs tarifas sobre os EUA, aumentando a demanda por produtos brasileiros.

Essa conjuntura reforça o protagonismo global do Brasil, mas também expõe um desafio urgente: como garantir que o país consiga atender a essa crescente demanda internacional sem comprometer sua estabilidade interna? A resposta está, em grande parte, no fortalecimento dos instrumentos de financiamento do agro — e, nesse contexto, os Fiagros, CBIOs e debêntures de infraestrutura ganham relevância estratégica.

“A demanda por crédito rural para a safra 2025/2026 ultrapassará a marca de R$ 1 trilhão; as linhas de crédito oficiais com juros equalizados, entretanto, cobrirão pouco mais da metade desse montante.” Isso evidencia que, para dar conta do novo ciclo de oportunidades internacionais, o Brasil precisa diversificar e ampliar suas fontes de crédito.

É nesse cenário que a recente Resolução CMN nº 5.202/2025 se destaca como marco histórico. “A partir de agora, os fundos fechados de previdência do Brasil (EFPC) poderão investir diretamente nos Fiagros e também nos CBIOs – certificados de descarbonização.” Esses instrumentos passam a ocupar um lugar central na agenda do desenvolvimento agropecuário brasileiro, permitindo que o setor tenha acesso a recursos de longo prazo, a custos mais competitivos.

A mudança tem um impacto direto na vida dos brasileiros: “contribui para a redução da inflação e alivia o orçamento das famílias brasileiras.” Ao financiar melhor a produção de alimentos, reduz-se o custo da comida, beneficiando especialmente a população mais vulnerável. O movimento também corrige distorções históricas, uma vez que “fundos de pensão internacionais já podiam investir no agro brasileiro, enquanto os nacionais estavam proibidos de fazê-lo.”

Além disso, esse novo cenário coloca o Brasil em linha com práticas de países desenvolvidos. “Nos EUA, esses fundos sempre foram grandes investidores em empresas especializadas na compra, gestão e arrendamento de terras agrícolas, especialmente por meio dos chamados REITs agrícolas.” O Canadá e a União Europeia também construíram sistemas sólidos de financiamento ao agro por meio de fundos de pensão e políticas públicas consistentes.

A partir dessas referências e da nova regulamentação brasileira, surge a oportunidade de ampliar a base de financiamento com capital nacional de longo prazo, garantindo não só o crescimento da produção, mas também a resiliência da cadeia agroindustrial diante de crises globais e oportunidades como a atual guerra comercial.

Em resumo, o momento exige visão estratégica e articulação entre o setor público, privado e os fundos de pensão. O Brasil já conquistou protagonismo na produção. Agora, com a entrada definitiva no jogo do financiamento estruturado, pode consolidar seu lugar no topo do mundo agroalimentar. Como concluem Arnaldo Jardim e Christino Áureo: “Sem dúvida, a decisão do CMN inaugura um novo capítulo para o financiamento do agro no Brasil, fundamental para consolidar a posição do país como potência agroalimentar global.”

Encontro Regional Leste-Sudeste
Agronegócio, Sustentabilidade

Encontro Regional Leste-Sudeste reúne cerca de 500 dirigentes e profissionais do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais

Realizado no Rio de Janeiro nesta quarta-feira (9/04), o Encontro Regional Leste-Sudeste reuniu um grande público de cerca de 500 pessoas entre dirigentes e profissionais das associadas da Abrapp, além de prestadores de serviços do setor. O tradicional evento do calendário da Abrapp foi direcionado para as associadas dos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, tendo como palco o salão de convenções do Rio Othon Palace, em Copacabana. 

A abertura foi realizada pelo Diretor-Presidente da Abrapp, Devanir Silva, pelo Diretor Vice-Presidente, Luiz Carlos Cotta, e pelo Deputado Federal, Luiz Carlos Hauly (virtual). O primeiro painel também contou com a participação de Devanir Silva; do Diretor de Normas da Previc, Alcinei Cardoso Rodrigues; e do Secretário dos Regimes Próprio e Complementar, Paulo Roberto dos Santos Pinto. 

“Falamos do tema central de ressignificar a previdência no primeiro painel. Mostramos que temos muito a evoluir em nossa comunicação estratégica, temos de falar para fora, para que as pessoas nos conheçam e saibam os valores que temos a oferecer para a sociedade”, comentou o Diretor-Presidente da Abrapp. Também foi destacado o papel da previdência complementar na alavancagem da economia porque ela permite a formação de poupança estável e de longo prazo.

Devanir apresentou ainda as diretrizes do planejamento estratégico da Abrapp e o que foi traçado para os próximos 10 anos, como por exemplo, que a previdência complementar seja vista pelo governo como prioridade, com larga escala de utilização da tecnologia e da inteligência artificial em prol do crescimento do sistema. 

Os representantes da Previc e da Secretaria apresentaram os avanços na legislação e a regulação do setor, com a aprovação da inscrição automática, com novas regras para o Plano de Gestão Administrativa (PGA) e também a Reforma Tributária, que qualificou as EFPC como entidades assistenciais. Foi pontuado que ainda temos uma longa agenda a percorrer, como por exemplo, com a necessidade de atualização da Resolução CNPC 30/2018 e do Decreto 4942/2003 (Decreto Sancionador). “O Decreto [Sancionador] tem mais de 22 anos de existência e precisa ser atualizado. Todas as regulações similares de CVM, Susep e Banco Central já foram atualizadas. E nós também temos de fazer o dever de casa”, apontou o Diretor-Presidente da Abrapp.

Os painéis do evento de hoje seguiram o formato e a maioria dos temas do Encontro Regional Sudoeste realizado no último dia 18 de março, em São Paulo – Leia a cobertura completa no Blog Abrapp em Foco. A diferença do Encontro Leste-Sudeste daquele realizado em São Paulo foi a participação de alguns palestrantes que não estiveram por lá, como o ex-Deputado Federal Christino Áureo, e os advogados Flávio Martins Rodrigues (Bocater) e Alexandre Barenco Ribeiro (Petros). 

Outro ponto diferente foram os comentários e debates em torno da nova Resolução CMN nº 5.202/2025 que rege os investimentos das entidades fechadas e que foi publicada no final de março passado. Mais uma novidade foi a participação de Carlos Frederico Rangel, que transmitiu uma mensagem do Comitê de Ética da Abrapp, em substituição ao seu Coordenador, Mauro Figueira, que havia participado no Encontro Sudoeste. Além disso, o evento contou com a apresentação de Elaine Sales, Coordenadora de Educação Previdenciária da Secretaria dos Regimes Próprios e Complementar, que substituiu o Diretor Narlon Gutierre Nogueira.

Resolução CMN nº 5.202/2025 – A publicação da tão aguardada nova resolução de investimentos foi um tema que permeou diversas apresentações ao longo do evento. Alcinei Rodrigues foi um dos palestrantes que dedicou a maior parte de seu tempo para discorrer sobre o que ele considera como avanços da nova resolução, do ponto de vista da autarquia.

Outra das novidades do Encontro Leste-Sudeste foi a realização da palestra “Oportunidades de investimentos – Resolução CMN nº 5.202/2025”, pelo ex-Deputado Christino Áureo, que é participante da Previ e vem acompanhando de perto a pauta do sistema junto ao Congresso Nacional e três poderes. Ele apresentou um histórico da evolução do financiamento do setor do agronegócio e o posicionamento do mercado brasileiro no cenário internacional. Citou os diferenciais competitivos do Brasil em comparação com outros mercados e falou sobre a oportunidade de investimentos das fundações em veículos como o Fiagro e outros tipos de fundos de financiamento do agro.

O ex-Deputado elencou ainda as oportunidades de investimentos em descarbonização (CBios e créditos de carbono), além das debêntures de infraestrutura que também podem estar vinculadas ao setor agro. As debêntures podem estar lastreadas, por exemplo, a estradas, ferrovias e armazéns com alto potencial de valorização.

Painel Jurídico – As principais mudanças na grade de palestrantes aconteceu no último painel do dia com o tema “Tendências legais e normativas: principais impactos e desafios”.

Na questão das tendências legais, Flavio Martins Rodrigues, Sócio Sênior Bocater, abordou as novas regras da nova Resolução 5.202/2025 do CMN. “As regras prudenciais do CMN contêm regras de duas naturezas: normas quantitativas, nas quais são fixados limites objetivos de percentuais máximos de investimento; e normas qualitativas, com regras não objetivas ligadas ao processo de investimento”, explicou.

As regras qualitativas são as regras mais utilizadas em autos de infração e precisam de registros comprobatórios para demonstrar que foram cumpridas. Essas regras “conversam” com o ato regular de gestão (art. 230 da Resolução Previc 23/2203).

Nesse sentido, o art. 4º, da nova resolução acrescentou que, “na aplicação dos recursos dos planos, as EFPC devem observar (…) a motivação, tempestividade e prudência”. Esses requisitos novos impõem cuidados e atenção especial para que sejam demonstrados para os órgãos internos da entidade (Conselho Deliberativo e Fiscal), a Previc, os patrocinadores e outros stakeholders, explicou Flávio Martins.

Alexandre Barenco Ribeiro, Gerente Executivo Jurídico Petros, lembrou que os anos de 2023 e 2024 foram extremamente transformadores do ponto de vista regulatório, com uma revisão qualitativa das normas existentes no setor, merecendo especial destaque a edição da Resolução Previc nº 23/2023.

“A mudança de postura da autarquia e do CNPC, construindo regramentos aderentes às necessidades das EFPCs para o desenvolvimento das suas atividades finalísticas, gerando maior segurança jurídica para participantes, assistidos e patrocinadores, materializa avanço irreversível, que deve ser consolidado ao longo dos anos de 2025 e 2026”, disse. Os anos de 2025 e 2026, também serão desafiadores sob o ponto de vista da regulação do setor. Esse é um processo permanente que envolve todos os sujeitos previdenciários, completou Barenco.

Os Encontros Regionais são uma realização da Abrapp com o apoio institucional da UniAbrapp, Sindapp, ICSS e Conecta. Patrocínio ouro: Bradesco Asset Management. Patrocínio prata: Apoena, BB Asset e Itajubá Administração Previdenciária. Patrocínio bronze: HMC Capital, Opportunity e Trígono Capital. Apoio: Bahia Asset Management e BNP Paribas Asset Management. 

Fonte: ABRPP

Energia

ANEEL projeta índices inferiores à inflação em novo boletim sobre tarifas de energia

Efeito médio projetado para as tarifas em 2025 é de 3,5% ante 5,1% do IGP-M e 5,6% do IPCA, de acordo com publicação da Agência que também detalha histórico e principais impactos nos cálculos

Os índices de reajuste e revisão das tarifas de energia elétrica devem ficar abaixo da inflação em 2025, com efeito médio de 3,5% – é o que projeta a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) no novo boletim trimestral InfoTarifa, lançado nesta segunda-feira (7/4). Acesse o material na biblioteca da Agência ou nas centrais de conteúdo do site. “Nosso objetivo é proporcionar à sociedade previsibilidade e transparência quanto aos impactos no cálculo das tarifas, e a ideia é atualizar esse panorama trimestralmente, à medida que os reajustes das distribuidoras forem deliberados”, explica o diretor-geral da ANEEL, Sandoval Feitosa. 

Além de detalhar a evolução histórica e os principais impactos em cada componente das tarifas, a publicação traz um panorama dos processos em andamento e de fatores externos que influenciam nos cálculos da ANEEL, como os encargos setoriais (que, por sua vez, são atualizados em tempo real em outra ferramenta de transparência ativa da Agência, o Subsidiômetro). 

Entre os destaques da primeira edição do boletim, está o efeito médio anual projetado de 3,5% ante as projeções de 5,1% no Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) e de 5,6% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Entre os aspectos que explicam a projeção da ANEEL estão a previsão de R$ 41 bilhões no orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para 2025 e os impactos dos índices inflacionários nos custos de distribuição (parcela B). 

Página inicial do boletim InfoTarifa, com resumo dos principais indicadores

Outro dado de destaque é a evolução de cada componente do cálculo nos últimos 15 anos. O gráfico mostra que a tarifa aumentou em ritmo inferior ao IGP-M e ao IPCA, ao mesmo tempo em que alerta que os encargos setoriais, criados por meio de Leis, cresceram mais de 250% no período. Já a componente de distribuição apresenta índice abaixo das demais – resultado, entre outros fatores, de uma série de medidas e regras da ANEEL para melhor refletir, na conta de luz dos brasileiros, a eficiência das distribuidoras na prestação dos serviços. 

Mais do que reforçar o compromisso da ANEEL com a transparência nos cálculos e na definição de regras, o boletim InfoTarifas permite que consumidores, mercado, academia e imprensa compreendam os principais fatores que impactam nas tarifas e acompanhem a evolução do setor elétrico brasileiro na Agência e em outras esferas. Para mais informações sobre o tema, acesse também os demais relatórios e indicadores da ANEEL sobre as tarifas de energia elétrica no Brasil.

Fonte: ANEEL

Energia

Como a COP30 pode impulsionar a geração distribuída no Brasil

Durante a COP30, o Brasil pode estabelecer metas ambiciosas de energias renováveis e de redução das emissões de carbono.

Isso pode incluir o fortalecimento da política de incentivo à geração distribuída, como a ampliação dos benefícios fiscais para quem adota energia solar, por exemplo.

1)     Criação de políticas de incentivo e facilitação regulamentar

Duas grandes barreiras à expansão da geração distribuída no Brasil são a complexidade regulatória e a falta de incentivos financeiros acessíveis.

A COP30 pode ser um ponto de partida para o governo brasileiro introduzir novas regulamentações que simplifiquem o processo de instalação de sistemas de geração distribuída e ampliem os incentivos fiscais.

Além disso, podem ser criadas linhas de crédito mais acessíveis para empresas e cidadãos que queiram investir em energia solar ou eólica.

  • Atração de investimentos estrangeiros

Como um evento de magnitude global, a COP30 atrairá investidores internacionais interessados em apoiar iniciativas sustentáveis. O Brasil pode se beneficiar desse interesse, com investidores focando o setor de energia renovável, em especial a geração distribuída.

  • Fortalecimento da economia verde

A expansão da geração distribuída no Brasil também pode fortalecer a economia verde do país, gerando mais empregos e oportunidades de negócios no setor de energia renovável.

A COP30 pode proporcionar a visibilidade necessária para promover o Brasil como um hub de inovação e desenvolvimento em energia limpa. Isso inclui desde a instalação de sistemas fotovoltaicos e eólicos até a fabricação de equipamentos necessários para essas tecnologias.

  • Engajamento e conscientização da população

Um evento como a COP30 também é uma excelente oportunidade para aumentar a conscientização sobre a importância da geração distribuída. Ao colocar a questão da energia renovável em pauta de forma global, a COP30 pode estimular um maior engajamento da população brasileira em torno do tema e incentivar mais pessoas a adotarem soluções sustentáveis para o consumo de energia.

O futuro da geração distribuída no Brasil

A COP30 é uma oportunidade única para o Brasil demonstrar sua capacidade de promover mudanças sustentáveis, e a geração distribuída certamente será um dos pilares dessa transformação.

Ao aproveitar este momento histórico, o país pode não só atender seus compromissos climáticos, mas também criar um futuro energético mais justo e sustentável para todos.

Fonte: ABGD

Agenda de sustentabilidade é fator determinante para a aplicação de recursos de fundos de pensão nos Fiagros — Foto: Arquivo pessoal
Agronegócio

CMN autoriza fundos de pensão a investirem em ativos ligados ao agro

Entre os que poderão receber recursos, estão dos Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagro)

A resolução nº 5.202/2024, aprovada nessa quinta-feira (27/3) pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), flexibilizou as possibilidades de investimentos dos fundos de pensão, vinculados a estatais e empresas privadas. A medida autorizou a aplicação de recursos em novos ativos, entre eles os Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagro).

O vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), autor da lei dos Fiagros, classificou a decisão é um avanço. A resolução permite aos fundos previdenciários a aquisição de cotas de Fiagros até o limite de 10% da composição.

“A resolução faz toda a diferença. Fortalece o mercado de capitais e amplia a possibilidade de atrairmos mais recursos vultosos a esse instrumento. Vamos continuar no trabalho para evitar qualquer tipo de taxação sobre esses fundos, que cada vez mais serão essenciais para o agro, o setor imobiliário e os investimentos em infraestrutura”, afirmou Jardim, em nota.

A avaliação é que a decisão abre espaço para aportes importantes e para a garantia de fluxo contínuo de recursos para o agronegócio.

A resolução também autoriza as fundações a adquirirem créditos de descarbonização (CBIOs) e debêntures incentivadas de infraestrutura. Por outro lado, reduz de 15% para 10% o limite de exposição das entidades a Fundos de Investimentos em Participações (FIPs).

ESG

Outro destaque da norma é a inclusão da agenda ESG como critério obrigatório na gestão dos investimentos. A partir de agora, as fundações devem considerar aspectos de sustentabilidade econômica, ambiental e social na análise de riscos e prestar contas sobre a aplicação desses princípios.

Em nota, a FPA disse que a resolução “é fundamental diante da necessidade crescente de financiamento para o setor agropecuário, que deverá ter uma demanda financeira superior a R$ 1 trilhão na próxima safra”. A bancada apontou ainda que os recursos dos fundos de pensão têm perfil de longo prazo, “essenciais para investimentos que exigem maturação e capital de giro no agro”.

Octaciano Neto, especialista em finanças privadas do agronegócio e cofundador da Avra, disse que a resolução é “mais uma vitória para a indústria dos Fiagros”. Segundo ele, os fundos de pensão administram um patrimônio de aproximadamente R$ 1,3 trilhão, o que demonstra o potencial de investimento em ativos ligados ao agronegócio.

“Na prática, hoje temos majoritariamente um passivo (investidores) do varejo na indústria de Fiagros. Agora, os fundos de pensão poderão investir. Isso tem potencial para mudar o jogo da indústria”, escreveu em postagem nas redes sociais.

De acordo com o boletim de finanças privadas do agronegócio mais recente do Ministério da Agricultura, o patrimônio líquido dos Fiagros atingiu R$ 44 bilhões em janeiro de 2025.

Fonte: Globo Rural

Agronegócio

BNDES oferta mais R$1,4 bi para financiamentos do Plano Safra 2023/24

SÃO PAULO (Reuters) – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta segunda-feira que ofertará no dia 11 de abril mais 1,4 bilhão de reais para operações de crédito no âmbito dos programas agropecuários do governo federal (PAGF), do Plano Safra 2023/24.

Com a medida, o total de recursos ainda disponível nos diferentes PAGF a serem repassados pelo banco é de 4,6 bilhões de reais, com prazo de utilização até junho de 2024.

O banco já aprovou mais de 28 bilhões de reais, em mais de 120 mil operações, para o Plano Safra 2023/24, um crescimento de 23% em relação ao mesmo período da safra passada.

“São recursos importantes que poderão ser utilizados por produtores rurais, inclusive agricultores familiares, e cooperativas agropecuárias, para custeio e investimento em diversas finalidades”, disse o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em nota.

Segundo ele, os produtores poderão ampliar a produção, a aquisição de máquinas e equipamentos, a armazenagem e investir em inovação.

(Por Rodrigo Viga Gaier)

Fonte: Investing.com

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