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Gleyc Costa
Doença ocorreu em granja com mais de 17 mil aves matrizes — Foto: Getty Images
Agronegócio, Sustentabilidade

Gripe aviária no Brasil: veja tudo o que se sabe até agora

Primeiro caso em granja comercial no país foi detectado no Rio Grande do Sul

O setor avícola brasileiro entrou em estado de alerta após o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmar a presença do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP), conhecido como gripe aviária, em uma granja de Montenegro, no Rio Grande do Sul, na última sexta-feira (16/5).

O anúncio da doença contagiosa no estabelecimento comercial com mais de 17 mil aves matrizes não causou apenas o isolamento da área para dar início ao protocolo sanitário ou a declaração de estado de emergência zoossanitária no município gaúcho por 60 dias. Além das medidas tomadas pelas autoridades brasileiras, Argentina, China e União Europeia decidiram suspender as importações.

O que é a gripe aviária e como se transmite?

gripe aviária é uma doença altamente contagiosa causada por variantes do vírus Influenza e atinge aves silvestres, domésticas e também mamíferos, como o gado. No mundo, o primeiro foco foi identificado em 1878, na Itália, e era chamado de praga aviária. A classificação como Influenza A aconteceu somente 77 anos depois.

O Brasil ainda não havia registrado a presença do vírus em aviários. Os casos no país, até o momento, conforme o Ministério da Agricultura, haviam sido em aves silvestres e criações de subsistência, todos a partir de 2023.

+Gripe aviária: China, UE e Argentina suspendem compras da avicultura brasileira

Os principais vetores da doença são as aves migratórias, como patos, marrecos, gansos e cisnes, considerados hospedeiros naturais, que transmitem o vírus pelas secreções, como fezes e fluidos corporais.

Onde o caso aconteceu?

O vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) foi identificado em uma granja comercial de Montenegro, município na região Metropolitana de Porto Alegre, e confirmado pelo Ministério da Agricultura na última sexta-feira (16/5).

De acordo com a Secretaria Estadual da Agricultura do Estado, a suspeita de síndrome respiratória e nervosa foi identificada no dia 12 de maio. Amostras coletadas e encaminhadas ao Laboratório Federal de Diagnóstico Agropecuário, em Campinas (SP), confirmaram o diagnóstico de gripe aviária.

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“Eram dois galpões. No primeiro espaço, 100% das galinhas morreram. No segundo, a mortalidade foi de 85%”, disse a coordenadora do Programa Estadual de Sanidade Avícola, Amanda Kowalski.

Quais as medidas de segurança tomadas?

Após a confirmação da doença em Montenegro, o Serviço Veterinário Oficial do RS (SVO-RS) isolou a área e iniciou o protocolo sanitário, com a eliminação das aves. Além disso, uma área de 10 quilômetros ao redor do aviário será investigada e inclui a instalação de barreiras.

Conforme o governo gaúcho, as 500 propriedades rurais próximas à granja serão visitadas e inspecionadas nos próximos dias como medida de segurança.

Há outros casos no Brasil?

im, mas não em granjas comerciais. Em Sapucaia do Sul, também na região Metropolitana de Porto Alegre, como Montenegro, distante a 50 quilômetros, 90 aves aquáticas, entre cisnes, patos e marrecos, morreram devido à gripe aviária no Parque Zoológico nesta semana. Enquanto o caso é investigado, o local encontra-se fechado para visitação e sem previsão de reabertura.

Segundo a Secretaria do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul, as mortes destas aves ocorreram repentinamente, sem sintomas específicos.

+ Caso de gripe aviária no RS deve ter impacto limitado para negócios da BRF, diz CEO

Há risco para o consumo de produtos?

Após confirmar o foco de gripe aviária na granja comercial do Rio Grande do Sul, o governo federal tranquilizou afirmando que não há risco de transmissão pelo consumo de carne e ovos.

“A população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados, não havendo qualquer restrição ao seu consumo”.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) também destacaram que, apesar da ocorrência ser preocupante para o setor, não representa qualquer risco ao consumidor.

Humanos podem pegar gripe aviária?

Sim, mas o risco é baixo e ocorre, na maioria dos casos já registrados no mundo, entre os profissionais que têm contato intenso com aves infectadas e o ambiente.

Em 2024, em entrevista à Globo Rural, a médica infectologista Gisele Borba, especialista do Serviço de Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (SCIRAS) do Hospital Universitário Onofre Lopes da Rede EBSERH, em Natal (RN), afirmou que o principal risco da gripe aviária em humanos é a alta letalidade – superior a 50%. “Não quer dizer que qualquer pessoa que pegou vai morrer, claro, mas é bem alto”.

Os sintomas são semelhantes à gripe comum, como dor de cabeça, dor de garganta, coriza e febre alta. Em casos mais graves, os pacientes podem evoluir para quadros de insuficiência respiratória e morte.

Quais os impactos para o Brasil

Horas após a confirmação do primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial da história, China e União Europeia suspenderam as importações de produtos da avicultura do Brasil. A medida já era esperada pelo governo e representantes da avicultura nacional, pois é previsto no protocolo sanitário.

“Trata-se do cumprimento acordado entre os países, que impede a certificação na detecção da enfermidade”, disse Allan Rogério Alvarenga, secretário-adjunto de Defesa Agropecuária.

Depois de China e União Europeia, a Argentina também bloqueou as importações do Brasil, mas irá manter a compra de genética avícola, com permissão para a entrada de aves de um dia e ovos férteis, desde que provenientes de compartimentos autorizados pela agência sanitária argentina.

Carlos Fávaro, ministro da Agricultura, reconheceu durante entrevista à Globo News que a presença do vírus em aviários nacionais era questão de tempo, mesmo diante dos cuidados aplicados pelo protocolo sanitário.

“Tínhamos a convicção de que, em algum momento, adentraria em granjas comerciais. Mas nenhum país conseguiu segurar tanto tempo”.

Fonte: Globo Rural

Energia, Sustentabilidade

Palácio da Alvorada será 100% abastecido por energia renovável

Palácio da Alvorada em Brasília - Foto: Rafa Neddermeyer / Agência Brasil

A Neoenergia, em parceria com o Governo Federal, por meio da Casa Civil, do Ministério de Minas e Energia (MME) e da Presidência da República, inicia neste mês a construção de uma usina solar fotovoltaica no Palácio da Alvorada. A iniciativa proporcionará uma economia anual de mais de R$ 1 milhão aos cofres públicos e atende ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 7 da Assembleia Geral das Nações Unidas da ONU, denominado “Energia Acessível e Limpa”.

O investimento, superior a R$ 3,5 milhões, viabilizado pelo Programa de Eficiência Energética (PEE) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), permitirá a construção de uma usina solar com capacidade de 1.095 kWp (quilowatt-pico). O volume de 1.500 MWh (megawatt-hora) por ano será suficiente para suprir integralmente o consumo do Palácio da Alvorada.

IMPACTOS AMBIENTAIS — Desde março de 2021, a Neoenergia Brasília tem implantado estratégias para reduzir os impactos ambientais em prédios públicos de Brasília e promover o uso sustentável da energia. Instituições como a Polícia Federal, Aeronáutica, Exército Brasileiro, Universidade de Brasília (UnB) e Supremo Tribunal Federal (STF) já contam com o sistema de geração de energia renovável. Novas parcerias estão previstas para 2025, incluindo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Fonte: gov.br

Agronegócio

Áreas de arroz e feijão param de cair, após perderem espaço para soja e milho por 16 anos

O arroz e o feijão podem ser a combinação mais tradicional do Brasil, mas, em 19 anos, as suas áreas plantadas caíram.

No período, o recuo da área de arroz foi de 43% e o de feijão, 32%. Ao mesmo tempo, a soja cresceu 108% e o milho, 63%, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os dois se tornaram líderes em área plantada no país.

Com a alta da inflação dos alimentos, surge a questão se o Brasil deveria plantar mais comida e menos grãos que viram ração de animais.

Mas isso não, necessariamente, tem relação com a queda da área. O arroz e feijão têm ficado mais barato. No acumulado dos 12 meses até fevereiro, o preço do arroz caiu 4% e o do feijão, 24,35%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA).

Apesar da queda na comparação com 2006, desde a safra 2022/2023, as áreas plantadas de arroz e feijão não caíram mais.

A produção de arroz e feijão dá pouco lucro e custa caro. Por isso, muitos agricultores preferiram plantar soja e milho, que valem mais e são exportados.

A soja e o milho são commodities, ou seja, matérias-primas para a indústria, que são negociadas em bolsas de valores internacionais, em dólar, e exportadas como ração para animais de criação, como bois e porcos.
Já o arroz e o feijão são vendidos quase totalmente no Brasil. Seus preços variam de acordo com o tamanho da produção, procura e negociações entre agricultores e a indústria.

No caso do arroz, além da soja e do milho, a área plantada também deu lugar a pastos, afirma a diretora executiva da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), Andressa Silva.

Contudo, isso não significa que o brasileiro tem menos arroz e feijão disponíveis: a quantidade colhida se mantém quase a mesma de 19 anos atrás, devido ao crescimento da produtividade. E, apesar de o volume ser menor do que o da soja e o do milho, o país ainda consegue suprir a necessidade de consumo.

Nesta reportagem, as seguintes perguntas serão respondidas:

  • Como reverter a redução?
  • Por que a área de arroz e feijão diminuiu?
  • O que aumentou o faturamento da produção de arroz nos últimos 3 anos?
  • Por que, mesmo assim, não falta arroz e feijão?

Por que a área de arroz e feijão diminuiu?

💵Baixo lucro

O lucro do arroz e do feijão é menor do que os custos de produção. Isso desmotivou os agricultores, segundo Silva, diretora executiva da Abiarroz.

Isso acontece, em parte, porque o cultivo estava sendo comercializado em um preço baixo ao consumidor, afirma o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho.

“Porque, se eu não tiver um preço razoável, a indústria não consegue pagar um preço equilibrado aos produtores e, consequentemente, toda a cadeia sai prejudicada pela falta de equilíbrio e acaba diminuindo a área”, completa.

O mesmo vale para o feijão, diz o diretor presidente da Associação Brasileira de Consultores de Feijão (ABC Feijão), Hélio Dal Bello. Com os custos de fertilizantes e defensivos em dólar, e o preço do feijão em queda, o produtor tem tido prejuízo, afirma.

💲Caro de produzir

Plantar arroz e feijão custa mais do que plantar soja e milho. O milho custa cerca de R$ 7 mil por hectare e a soja, R$ 6 mil. Já o arroz ultrapassa R$ 12 mil e o feijão, R$ 13 mil, segundo a Conab.

Quem planta arroz gasta mais com máquinas, funcionários, diesel e fertilizantes, pois o solo exige mais cuidados, segundo Velho

“Nós trabalhamos, inclusive, com uma expectativa de aumento do custo de produção para esta safra, pela necessidade de recuperação estrutural das áreas provocadas pela enchente”, afirma.

desvalorização do real, pois os insumos são comprados em dólar, e os custos com financiamentos também têm grande impacto, explica Felippe Serigati, coordenador do mestrado em Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Há ainda o chamado “custo Brasil”, aponta Silva. “A logística é muito cara. Para você mandar o arroz para as regiões do Norte e Nordeste, a preferência é pelo transporte de cabotagem [navegação], porque o transporte rodoviário chega a ser até 30% mais caro”, diz.

O plantio de arroz irrigado, que representa 77% da área, também gera custos com água, informa o Diretor Executivo de Política Agrícola e Informações da Conab, Sílvio Porto.

O feijão, por sua vez, é uma cultura mais sensível a pragas e doenças, exigindo mais gastos com defensivos biológicos ou químicos, afirma o diretor presidente da ABC Feijão.

Mudança de cenário

Apesar dos problemas enfrentados recentemente, a situação para os produtores de arroz está melhorando. O faturamento subiu de R$ 18 bilhões em 2006 para R$ 25 bilhões no ano passado, segundo dados da Conab.

Isso acontece porque a redução da área e o aumento da busca pela exportação diminuíram a oferta, o que elevou a demanda e os preços, diz Alexandre Velho, da Federarroz.

Já Silva pontua que, antes da pandemia, o produtor de arroz sofria com endividamento. No entanto, a situação melhorou com o crescimento dos preços depois disso.

Apesar de serem menores do que há 19 anos, as áreas plantadas de arroz e de feijão cresceram 6% e 16%, respectivamente, da safra de 2022/23 para a deste ano, segundo a Conab.

Para Silvio Porto, da Conab, isso é resultado de políticas públicas, como a redução dos juros, aumento do crédito e apoio técnico aos produtores de arroz e feijão.

Por que, mesmo assim, não falta arroz e feijão?

Apesar da queda da área de plantio, houve um crescimento da produtividade, o que significa que, hoje, o agricultor consegue colher mais arroz e feijão por hectare do que há 19 anos.

Além disso, quase tudo o que o Brasil produz de arroz e feijão fica no país. Apenas 12,5% do arroz da safra 2023/2024 foi exportado, segundo dados da Conab. Em relação ao feijão, esse número cai para 10%.E, mesmo com o aumento da população, a demanda pelos dois cultivos está em queda.

De 2008 a 2018, a média de consumo diário de feijão por pessoa foi de 183 gramas para 163,2 gramas. No caso do arroz, essa média recuou de 160,3 gramas para 131,4 gramas, mostra a Pesquisa de Orçamentos Familiares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O órgão não tem dados mais atuais sobre este tema.

Essa queda, aconteceu principalmente pelo aumento do poder de compra do brasileiro nos anos 2000, que incentivou o consumo de outros produtos.

A praticidade do fast food e a vida corrida também têm diminuído o consumo de arroz e feijão, que levam mais tempo de preparo, diz o presidente da ABC Feijão.

Atualmente, o problema também é a falta de dinheiro de parte dos brasileiros.

“Uma parte da população é tão carente que, quando o preço sobe R$ 0,50, ela precisa diminuir o consumo”, diz Lüders, do Ibrafe.

Ele relata que existem os chamados desertos alimentares, nos quais os consumidores estão longe do varejo tradicional, tendo que recorrer a comércios informais.

“Nestas regiões, para consumir feijão, a população carente paga mais caro”, diz.

Como reverter a redução?

A queda na área plantada de arroz e feijão não é um problema, se a produtividade aumentar e atender à demanda da população, aponta Serigati, da FGV.

Mas, para Porto, produzir arroz e feijão em mais áreas no Brasil resultaria em uma alimentação mais saudável e preços mais baixos.

O presidente da Conab diz que o governo deve usar os estoques públicos para manter os preços acessíveis ao consumidor e atrativos para o agricultor.

Ele acredita que os produtores de arroz e feijão precisam ter mais benefícios, como juros menores e mais assessoramento técnico.

Isso porque o arroz e o feijão tiveram menos apoio do que outros cultivos, como a soja. “É totalmente desequilibrado. É por isso mesmo que a soja já tem hoje uma situação tão privilegiada comparado aos demais produtos”, afirma.

Para o presidente da Federarroz, é preciso um seguro agrícola mais eficiente e barato, para trazer segurança ao produtor.

Ele explica que, para compensar os gastos, o produtor deve vender a saca por, no mínimo, R$ 90, que seria o custo de produção. Já para o consumidor, o preço mínimo deve ser de R$ 5 por kg, para garantir a remuneração da indústria.

Já no caso do feijão, o preço mínimo da comercializado pelo produtor é de R$ 4 por kg, explica Bello, da ABC Feijão.

Para isso ser possível, Silva, da Abiarroz, afirma que é importante aumentar o consumo do brasileiro, com campanhas feitas em parceria entre setor produtor e governo, bem como ampliar o mercado externo.

O investimento em pesquisa para variedades resistentes a doenças pode tornar o plantio mais fácil e rentável, afirma o presidente da Ibrafe.

Fonte: G1 AGRO

Energia, Sustentabilidade

Geração distribuída em pauta: ABGD e INEL defendem avanço da energia solar em audiência pública na Câmara

Na última terça-feira (06), a geração distribuída esteve no centro do debate em uma audiência pública realizada pela Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados, em Brasília. O encontro discutiu os impactos do fluxo reverso no sistema elétrico nacional — ou seja, a energia excedente que é gerada por consumidores (como residências com painéis solares) e injetada de volta na rede elétrica.

A audiência contou com a participação de representantes de duas das principais entidades do setor: a ABGD (Associação Brasileira de Geração Distribuída) e o INEL (Instituto Nacional de Energia Limpa). Ambas vêm atuando de forma ativa para garantir um ambiente regulatório mais justo, transparente e favorável à expansão da energia limpa no Brasil.

Unindo forças por um setor mais justo

Christino Áureo, que é conselheiro tanto da ABGD quanto do INEL, esteve presente na audiência e reforçou a importância de respeitar o marco legal da geração distribuída, estabelecido pela Lei 14.300/2022. Em entrevista à Inter TV RJ, veiculada na 2ª Edição do telejornal, Christino destacou:

“A lei  tem que ser respeitada. Esses investimentos não estão sendo feitos com dinheiro público, é dinheiro do empreendedor, em um país com uma das maiores taxas de juros do mundo. A gente não pode criar dificuldade. A inversão de fluxo é uma questão técnica, mas sem justificativa legal.”

A fala do conselheiro buscou desmistificar a ideia de que o fluxo reverso representa um risco para o sistema elétrico. Ele afirmou que a prática é tecnicamente gerenciável e que a criação de barreiras regulatórias fere princípios como a segurança jurídica e a livre iniciativa.

Distribuidoras dificultam o acesso à energia solar

Também presente na audiência, o presidente do INEL, Heber Galarce, fez duras críticas às distribuidoras, que segundo ele têm criado obstáculos técnicos para dificultar o acesso dos consumidores à geração solar:

“Fica essa confusão, inventam nomes técnicos, e você em casa não consegue uma alternativa de energia limpa e mais barata”, disse Galarce em entrevista à Inter TV.

O presidente da ABGD, Carlos Evangelista, também participou da audiência e reiterou o papel estratégico da geração distribuída na transição energética brasileira, defendendo reformas no setor elétrico que promovam eficiência, justiça tarifária e valorização do investimento privado.

O caminho é a colaboração

Tanto a ABGD quanto o INEL reafirmaram seu compromisso com o diálogo entre poder público e setor privado, visando a construção de um futuro energético mais sustentável, descentralizado e acessível a todos os brasileiros.

Assistir matéria completa em: Globoplay

Agronegócio

Tocantins colhe safra histórica e reforça protagonismo no agro brasileiro

O Tocantins celebra um marco inédito na agricultura: a safra 2024/2025 de soja ultrapassou, pela primeira vez, a marca de 5 milhões de toneladas produzidas, segundo dados preliminares da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O resultado consagra o estado como um dos principais polos emergentes do agronegócio nacional e reflete uma combinação de condições climáticas favoráveis e forte avanço tecnológico no campo.

A produtividade média cresceu mais de 10% em relação à safra anterior, puxada pela adoção de sementes geneticamente melhoradas, maior precisão no manejo agronômico e investimentos robustos em infraestrutura agrícola. “O Tocantins está consolidando seu protagonismo no agronegócio brasileiro”, avalia o engenheiro agrônomo e consultor de mercado Daniel Freitas.

O recorde na produção de soja impacta diretamente diversos setores da economia tocantinense. A Secretaria de Agricultura e Pecuária do Estado projeta um crescimento de até 7% no Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário em 2025, impulsionado pelo bom desempenho nas lavouras.

Com mais grãos colhidos, cresce também a demanda por mão de obra nas etapas de colheita, transporte e armazenagem, especialmente em municípios estratégicos como Porto Nacional, Gurupi, Pedro Afonso e Campos Lindos. A expansão da atividade agrícola fortalece ainda o comércio e os serviços locais, gerando um ciclo virtuoso de desenvolvimento.

Se o clima contribuiu, o papel dos investimentos privados foi decisivo. Produtores rurais e cooperativas apostaram pesado na aquisição de maquinário moderno, ampliação da capacidade de armazenagem e capacitação técnica de equipes no campo. O uso de tecnologias de agricultura de precisão e a digitalização das fazendas vêm mudando a forma como se planta, colhe e gerencia a produção.

Esse salto tecnológico tem sido essencial para enfrentar desafios como a oscilação de preços, a competitividade internacional e as exigências dos mercados compradores. O resultado é uma produção mais eficiente, resiliente e sustentável.

Com os números recordes da safra, o Tocantins consolida-se como o quinto maior produtor de soja da região Norte e amplia sua presença nos mercados internacionais. Exportações para países como China, Vietnã e Tailândia colocam o estado no radar global como fornecedor confiável e competitivo de grãos.

Para a próxima década, as projeções são ainda mais otimistas. A tendência é de crescimento contínuo, sustentado pela expansão das áreas cultivadas, pela melhoria da logística e pela crescente profissionalização do setor.

A safra 2024/2025 entra para a história não apenas pelos números, mas pelo que representa: um Tocantins que avança com planejamento, tecnologia e visão de futuro, e que se firma, com autoridade, entre os protagonistas do agronegócio brasileiro.

Fonte: Pensar Agro

Sem categoria

MME pede apoio das associações para avançar com reforma na Casa Civil

O MME (Ministério de Minas e Energia) realizou, na última quinta-feira (24), uma reunião com associações e entidades do setor elétrico para discutir a proposta de reestruturação do setor apresentada recentemente pelo governo federal.

Com o ministro Alexandre Silveira em missão oficial na China, o encontro foi conduzido pelo secretário-executivo do MME, Arthur Cerqueira, com a participação do secretário-executivo adjunto, Fernando Colli, do secretário nacional de Energia Elétrica, Gentil Nogueira, e do secretário nacional de Transição Energética e Planejamento, Thiago Barral.

Embora as associações tenham sido procuradas pela reportagem do Canal Solar, a maioria preferiu não se manifestar publicamente neste primeiro momento.

Fontes ouvidas relataram que o secretário Gentil Nogueira solicitou o apoio das entidades para que a proposta avance na Casa Civil, mesmo que existam divergências. Segundo ele, os pleitos específicos de cada setor poderiam ser discutidos posteriormente, durante a tramitação do projeto de lei no Congresso Nacional.

De modo geral, as entidades concordam com a abertura do mercado livre de energia, mas divergem sobre pontos importantes da proposta. Associações que representam consumidores demonstraram preocupação com o possível aumento de custos.

Também houve críticas ao fim do desconto nas tarifas de transmissão e distribuição (TUST/TUSD) para energia incentivada, medida que, segundo representantes, pode gerar uma onda de judicialização.

Algumas entidades demonstraram apreensão quanto à ampliação de subsídios para consumidores de baixa renda, enquanto outras apontaram que faltou ousadia do governo ao tratar da geração distribuída.

Em nota, a ABRACE (Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres) reconheceu avanços na proposta, como a inclusão de medidas voltadas ao consumidor de baixa renda, a redução de subsídios setoriais e a abertura do mercado sem ampliar distorções.

No entanto, alertou para riscos significativos relacionados à redistribuição de encargos e custos, que podem recair de forma desproporcional sobre os consumidores do mercado livre. A entidade também criticou a redistribuição de encargos da CDE, os quais poderiam elevar os custos para o setor industrial.

Outro ponto controverso da proposta é o rateio de custos hoje restritos ao mercado cativo, como os relacionados às usinas nucleares Angra 1 e 2, a geração distribuída e ao novo encargo voltado a compensar sobras de energia decorrentes da migração de consumidores para o mercado livre.

Com a proposta sob análise da Casa Civil, a expectativa do governo é que o projeto avance ao Congresso ainda em 2025. A condução do debate parlamentar será decisiva para conciliar os diversos interesses e garantir uma reforma que promova a modernização do setor elétrico com equilíbrio e previsibilidade.

Fonte: Canal Solar

Energia

Agência abre Consulta Pública para regulamentar Comitê de Governança Específica

Comitê será responsável pela avaliação dos aprimoramentos relacionados ao planejamento e programação da operação e à formação de preço de curto prazo

Em reunião da diretoria colegiada, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) autorizou a abertura da Consulta Pública nº 20/2025 para a regulamentação do Comitê de Governança Específica previsto no art. 3º da Resolução nº 1/2024 do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Caberá ao Comitê a avaliação dos aprimoramentos nos parâmetros, metodologias e modelos computacionais relacionados às atividades que tratam do planejamento e programação da operação do sistema elétrico e da formação de preço de curto prazo.

A Agência ficará responsável pela instituição, a organização e a supervisão do Comitê, com coordenação técnica exercida pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), com participação social e sob supervisão da ANEEL.

Pela proposta, as novas atribuições serão incorporadas à estrutura do Comitê Técnico existente, denominado CT PMO-PLD, que trata de assuntos relacionados à elaboração do Programa Mensal da Operação Energética (PMO) e à formação do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), atualmente disciplinado na Resolução Normativa nº 1.032/2022.

Com a iniciativa, que está prevista na Agenda Regulatória da ANEEL 2025-2026, a Agência passará a ter atuação mais estratégica, ao desempenhar a supervisão das atividades exercidas pelo Comitê de Governança, e aprovação dos aprimoramentos referentes a metodologias e parâmetros metodológicos.

A CP 20/2025 receberá contribuições do dia 24 de abril ao dia 9 de junho, preferencialmente por meio do formulário eletrônico, disponível em Consultas Públicas – ANEEL

Também serão aceitas sugestões pelo endereço eletrônico [email protected].

Fonte: ANEEL

Energia

Diretoria da ABGD, ABSAE e COGEN avança em discussões sobre a integração de BESS à Geração Distribuída no Sistema Elétrico Brasileiro

Na última segunda-feira, 18/02/2025, a Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), em conjunto com a Associação Brasileira de Soluções de Armazenamento de Energia (ABSAE) e a Associação da Indústria de Cogeração de Energia (COGEN), realizou sua primeira reunião com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). O encontro contou com a presença do Diretor Ricardo Tili e do Dr. Carlos Alberto Calixto Mattar, Superintendente de Regulação dos Serviços de Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica.

A reunião foi resultado da Manifestação Conjunta encaminhada pelas associações, que propõe a integração de Sistemas de Armazenamento de Energia em Baterias (BESS) à Geração Distribuída (GD), visando aprimorar a flexibilidade e a eficiência do Sistema Elétrico Brasileiro.

Este encontro marca um importante passo na construção de um marco regulatório mais robusto e alinhado com as necessidades do setor, promovendo a transição energética e a sustentabilidade do sistema elétrico nacional.

Agradecemos à ANEEL pela oportunidade de diálogo e reafirmamos nosso compromisso em colaborar para o desenvolvimento de um ambiente regulatório que incentive a inovação e a integração de tecnologias essenciais para o futuro da energia no Brasil.

Fonte: ABGD

Energia

ANEEL mantém multa de R$ 4,9 milhões à Equatorial Alagoas

Concessionária foi penalizada por duração excessiva de interrupções


Em reunião da diretoria colegiada nesta terça-feira (15/4), a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) manteve multa de R$ 4.9 milhões à distribuidora Equatorial Alagoas, ao negar recurso à penalidade aplicada por duração excessiva de interrupções. A multa é decorrente de operação de fiscalização da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Alagoas (ARSAL), conveniada da ANEEL no estado.

Em ação promovida no ano de 2022, os fiscais da ARSAL observaram que o tempo de restabelecimento de energia elétrica de 18.103 interrupções foi demasiadamente excessivo, com duração superior a 24 horas, com prejuízos a aproximadamente 41 mil unidades consumidoras.

Ao comparar os anos de 2020 e 2022, a ARSAL constatou que houve piora na prestação dos serviços para os consumidores, subindo de 21.143 em 2020 para 41.274 em 2022. A penalidade inicial da agência estadual foi de R$ 4,2 milhões, em março de 2024. Na análise do recurso da empresa, a fiscalização da ANEEL aumentou a multa para R$ 4,9 milhões.

Fonte: ANEEL

Agronegócio

Exportações do agronegócio crescem 12,5% em março e chegam a US$ 15,6 bilhões

No mês, o setor respondeu por 53,6% de todas as vendas externas do país. Avanço no acumulado do primeiro trimestre de 2025 é de 2,1%

Oagronegócio brasileiro registrou, em março deste ano, o segundo maior valor de exportações para o mês desde o início da série histórica: US$ 15,6 bilhões. Isso representa um aumento de 12,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. No mês, o setor respondeu por 53,6% de todas as exportações do país. O avanço foi impulsionado principalmente pelo aumento dos volumes exportados, que cresceram 10,2%, enquanto os preços internacionais apresentaram alta de 2,1%.

Os principais produtos exportados no mês foram a soja em grãos (alta de 7% e US$ 5,7 bilhões); café verde (92,7% de expansão e US$ 1,4 bilhão); carne bovina in natura (40,1% e US$ 1,1 bilhão), celulose (25,4% e US$ 988 milhões) e carne de frango in natura (9,6% e US$ 772,3 milhões).

“Esses números confirmam que estamos promovendo o crescimento do agro com responsabilidade, sustentabilidade e com os olhos voltados para novos mercados e oportunidades para produtos com maior valor agregado”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Além dos produtos tradicionais, o governo brasileiro vem impulsionando oportunidades em segmentos com forte potencial de crescimento. Por meio de novos avanços, itens como gelatinas, café solúvel, óleo essencial de laranja, pimenta-do-reino e rações para animais domésticos atingiram recordes de exportação e podem ganhar maior protagonismo nos próximos meses, especialmente em mercados da Ásia, Europa e América do Norte.

Esses números confirmam que estamos promovendo o crescimento do agro com responsabilidade, sustentabilidade e com os olhos voltados para novos mercados e oportunidades para produtos com maior valor agregado
Carlos Fávaro,
Ministro da Agricultura e Pecuária

TRIMESTRE — No acumulado do primeiro trimestre de 2025, as exportações do agronegócio brasileiro totalizaram US$ 37,8 bilhões, aumento de 2,1% quando comparado ao ano anterior, o maior valor já registrado para o período. O superávit do setor no trimestre foi de US$ 32,6 bilhões, um crescimento de 2,1% em relação ao mesmo período de 2024.

DESTINOS — China, União Europeia e Estados Unidos seguiram como os principais destinos, respondendo juntos por mais da metade das exportações do setor. Países asiáticos como Vietnã, Turquia, Bangladesh e Indonésia também registraram aumento expressivo nas compras de produtos como soja, algodão, celulose e carnes.

“A ampliação da presença em mercados de nicho, por meio de produtos de maior valor agregado, reflete uma estratégia comercial que valoriza a escuta ativa das demandas dos setores produtivos. Ao oferecer alimentos com sanidade, qualidade e competitividade, o Brasil se consolida como parceiro confiável”, afirmou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária, Luís Rua.

COMPETITIVIDADE — A expansão das exportações de produtos não tradicionais e a abertura de novos mercados, mantendo ou ampliando a oferta interna, fortalecem a economia brasileira. Esse processo estimula a geração de empregos e renda, atrai divisas, diversifica os parceiros comerciais e reduz a exposição a riscos econômicos.

Também valoriza os produtos nacionais, incentiva investimentos em inovação e sustentabilidade e consolida relações estratégicas no cenário internacional. Assim, o Brasil amplia sua presença global e reforça sua competitividade. Os avanços refletem o trabalho conjunto entre os setores público e privado, com foco na abertura de mercados, segurança sanitária e promoção comercial

Fonte: Secretaria de Comunicação Social

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